Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem fixou novas regras para o transporte intermunicipal, dividindo o estado em 14 regiões para o tráfego de passageiros.
Vale do Taquari - O efeito colateral da duplicação da BR-386 entre Estrela e Tabaí já começa a impactar no transporte coletivo intermunicipal. A proximidade de Lajeado com Porto Alegre reduz o número de passageiros que utilizam ônibus para se locomover entre os dois destinos.
De acordo com o gerente de operações Nestor Luiz Reckziegel, o número ideal de passageiros, saindo de Lajeado rumo à Capital fica entre 29 a 30 embarques na Estação Rodoviária de Lajeado. "Tudo aumentou, o custo do transporte, manutenção da frota e impostos. Embarque com menos passageiros já fica complicado."
Segundo ele, por conta disso, a empresa que presta este serviço na região irá estudar a quantidade de linhas e horários entre Lajeado e Porto Alegre. Isso ocorre depois da determinação do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer/RS), ter editado as novas normas para a concessão dos serviços de transporte coletivo intermunicipal.
A autarquia prevê que depois de concedidos os trechos, as empresas que administrem as linhas precisarão manter ativo o tráfego de passageiros, mesmo em horários e rota com menor acesso dos usuários. "No nosso caso, o maior problema está mesmo com as linhas que vão para Porto Alegre, nos horários do meio-dia e 11h. O horário tipo Executivo também enfrenta pouca procura."
Conforme o gerente de operações, estas alterações precisam ser feitas, pois a determinação do Daer/RS prevê que todas as linhas sejam mantidas, mesmo aquelas com baixo acesso de passageiros. "Existem também algumas correções para destinos na região, como para Teutônia. Mas são mudanças pequenas, que precisam ser implementadas", projeta Reckziegel.
Licitações
Segundo o Daer/RS, alguns destinos intermunicipais passarão por nova licitação. Neste modelo, as empresas terão a concessão do tráfego por 25 anos. No entanto, a data para estas licitações ainda não foi fixada pela autarquia.
Rodoviárias seguem do mesmo jeito
O diretor de Transportes Rodoviários do Daer, Lauro Hagemann, a distribuição em mercados, que divide o Estado em 14 regiões, regula apenas a concessão das linhas de passageiros. "Neste sentido, as rodoviárias com suas estações e agências, seguirão sendo licitadas individualmente", esclarece.
Segundo ele, os contratos recentes, licitados em 2012, possuem duração de 20 anos. Nestes casos permanecerão válidos até o seu término. "Os demais municípios que não foram licitados, ou que funcionam com termo de autorização, serão licitados já dentro da nova legislação que prevê contratos de 25 anos."
Conforme Hagemann, existe um critério para a distribuição das rodoviárias em categorias. "Isto depende do volume de vendas e também da população do município. Além, é claro, da quantidade de linhas e horários que abastecem o município", complementa.
Fonte: O Informativo